quinta-feira, 1 de outubro de 2009

DEFINIÇÃO, HISTÓRIA E MUITO MAIS SOBRE DECORAÇÃO DE INTERIORES



A decoração de interiores tem como objetivo criar espaços internos esteticamente mais aprazíveis e ao mesmo tempo práticos. O profissional busca traçar planos que lhe permitam compor os mais variados recantos íntimos povoados pelos humanos, procurando sempre a sua funcionalidade.A história revela que todos os povos, ao longo do tempo, sempre se esforçaram para produzir ambientes mais confortáveis e aconchegantes, enfeitando e completando suas moradas com adornos belos e simultaneamente capazes de proporcionar o máximo bem-estar. Esta profissão visa, portanto, atingir associação estrutural e harmoniosa de mobiliários, cortinas, tapeçarias e outros apetrechos, com pavimentos, tetos, colunas, e demais componentes da arquitetura. Cores, iluminação e elementos variados também são imprescindíveis na composição de um nicho proporcionalmente agradável.O resultado de um projeto de decoração de interiores estará sujeito ao poder criativo do especialista, às limitações determinadas pela percepção estética, às demandas e aos meios disponibilizados pelo consumidor, assim como ao objetivo final deste cliente. O decorador terá a sua disposição recursos oferecidos pelas artes da cerâmica, da tapeçaria, da marcenaria e da carpintaria.Esta arte foi privilégio, durante um bom tempo, de uma elite que podia decorar seus aposentos com muita ostentação, sofisticação e requinte. Hoje, com a produção massiva de objetos, a classe média tem finalmente em suas mãos esta mesma possibilidade, embora os melhores profissionais e a obra-prima mais fina ainda sejam limitados a uma pequena esfera social.Na Antiguidade Clássica quase não existiam ambientes internos, pois quase tudo transcorria nos espaços abertos. A arte decorativa era restrita à harmonização dos móveis com fundos e paredes repletos de cores. Compunham também os ambientes a arte grega da cerâmica, as pinturas murais e mosaicos romanos. Na era medieval os castelos detinham o melhor da decoração, austera e simples. Já o século XVIII forma um intenso contraste com o período anterior, abrindo espaço para a estética francesa e a inspiração oriental. A delicadeza de expressão dá origem a um alto grau de sofisticação.O Renascimento traz a convencional estruturação residencial em cômodos, subvertendo os conceitos até então vigentes. Entram em cena as paredes coloridas, os telhados magnificamente enfeitados, mobiliários pomposos e enfeites produzidos com metais finos, os quais provinham da Itália, da França, da Inglaterra, da Espanha e da Alemanha, aqui enriquecidos pelo estilo gótico. Na França, durante o governo de Luís XIV e posteriormente, ao longo da Regência, instaura-se uma arte mais feminina e suave, dando origem ao Rococó, que se estende também para a Itália e a Alemanha. Com a morte de Luís XV este estilo desaparece velozmente.Ressurgem os valores clássicos com o Neoclassicismo, enquanto as concepções próprias da aristocracia são substituídas pelos valores democráticos. A classe média impera e vence o ponto de vista burguês. No final do século XIX nasce o Modernismo e o conceito do ‘art nouveau’. Esta concepção traz em si um mix de todas as tendências anteriores e elementos formados por linhas curvas, e rapidamente se propaga por toda a América. No século XX o critério funcional prevaleceu, especialmente no pós-Primeira Guerra Mundial, quando foram criadas variadas teorias neste campo.Hoje estão em primeiro plano as exigências do cotidiano, as demandas sociais e familiares, os recursos econômicos, o potencial do próprio ambiente, a opção por um determinado estilo. Tudo deve estar voltado para a mais completa praticidade, o conforto, o aconchego e a harmonia estética.Esta profissão pode ser bem remunerada, pois acima de tudo é uma arte. O profissional pode adquirir seu próprio atelier ou trabalhar em lojas ou em qualquer campo ligado às atividades decorativas, podendo obter salários significativos. Por Ana Lucia Santana

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